Vacina HPV: o que é e quem deve tomar?

Vacina HPV: o que é e quem deve tomar?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina HPV é a principal forma de prevenir a infecção pelo vírus.  

Atualmente, a imunização está disponível para diferentes faixas etárias, sendo indicada para homens e mulheres dos 9 aos 45 anos. Além da vacina quadrivalente ofertada no SUS, existe na rede privada a vacina HPV nonavalente, que amplia a proteção ao atuar contra nove tipos do vírus (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58). 

Dados mostram que, no Brasil, todos os anos são relatados cerca de 16 mil casos novos de câncer de colo uterino causados pela infecção por HPV

Por ser um vírus muito frequente na população e possuir alta taxa de transmissão, realizar os exames de rotina e ficar atento às formas de prevenção são estratégias fundamentais. 

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Vacina HPV: idade indicada 

A vacina HPV é indicada nas seguintes situações:   

  • Meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade; 
  • Meninos e homens de 9 a 45 anos de idade. 

Indivíduos de ambos os sexos sem doença de base, mas também aqueles de ambos os sexos com diferentes condições de base podem tomar a vacina HPV. 

Exemplos dessas condições são: pessoas vivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea. 

Quem teve exame positivo para HPV também deve se vacinar, pois o imunizante previne os outros tipos de HPV com que a pessoa ainda não entrou em contato.

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Adultos podem se vacinar para o HPV? 

Sim, a vacinação para o HPV é recomendada para o público de até 45 anos. Em alguns casos, a vacina pode ser aplicada em pessoas com mais de 45 anos, mas são necessários uma avaliação e o pedido médico. 

Vacina HPV Nonavalente 

A vacina HPV nonavalente previne as infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. 

Quais os riscos se eu não tomar a vacina de HPV?

O HPV (Papilomavírus Humano) infecta a pele e mucosas, podendo permanecer no organismo de forma latente por anos sem apresentar sinais visíveis. Quando a infecção persiste, existem dois tipos principais de riscos, dependendo do tipo: 

  • Verrugas genitais: causadas principalmente pelos tipos não cancerígenos (como o 6 e o 11), as verrugas podem surgir na região genital, anal e até nas cordas vocais (papilomatose respiratória). Embora sejam de baixo risco para câncer, são recorrentes  e de difícil tratamento. 
  • Câncer: os tipos de HPV de alto risco (oncogênicos), como o 16 e o 18, são responsáveis por alterações celulares que podem evoluir para tumores malignos. O risco principal é o desenvolvimento de câncer de colo do útero, mas o vírus também causa câncer de ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe (boca e garganta). 

Vacina HPV: quantas doses tomar? 

O esquema vacinal deve ser iniciado o quanto antes e o número de doses varia de acordo com a idade. Veja:

  • Duas doses com intervalo de seis meses entre elas (0 – 6 meses): indicado para meninas e meninos de 9 a 19 anos, 11 meses e 29 dias. 
  • Três doses, sendo a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses): para pessoas a partir de 20 anos. 
  • Para imunodeprimidos por doença ou tratamento de qualquer idade, o recomendado são três doses, sendo a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses). 

Para que serve a vacina HPV? 

O objetivo da vacina é proteger homens e mulheres do Papilomavírus Humano. Este vírus é capaz de causar câncer de colo do útero, vagina e vulva em mulheres, do pênis em homens e câncer de canal anal ou orofaringe em ambos os sexos. 

Além disso, as verrugas ou condilomas podem surgir em diversas partes do corpo, desde os órgãos genitais até lábios e cordas vocais. 

Atualmente, essa é a melhor forma de prevenção existente. Em conjunto, recomenda-se sempre manter os exames de check-up médico em dia

Quem tem HPV pode tomar a vacina?

Sim, mesmo quem já teve ou tem HPV pode e deve se vacinar. A vacina pode proteger contra outros tipos de HPV com os quais a pessoa ainda não teve contato, além de diminuir o risco de reativação do vírus. 

A vacina HPV provoca reações? 

Sim, como outras vacinas, a vacina HPV pode causar alguns eventos adversos. Os mais comuns são dor, vermelhidão ou inchaço no braço onde a vacina foi aplicada, sendo esta uma resposta normal do corpo à aplicação. 

Algumas pessoas podem sentir dor de cabeça ou um cansaço geral após a vacinação. Estes são sinais de que o sistema imunológico está respondendo à vacina para criar proteção. 

É importante reforçar que essas reações costumam desaparecer em poucos dias. Mas, caso os sintomas sejam intensos ou persistam, é recomendado procurar orientação médica. 

O que é HPV e como ele é transmitido?  

HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que está envolvido no aparecimento de alguns tipos de câncer. Estima-se que existam mais de 200 tipos diferentes de HPV, embora nem todos estejam relacionados a doença oncológica.   

Alguns tipos podem ocasionar alterações neoplásicas nos epitélios em diversos locais anatômicos, particularmente lesões de tratos ano-genital e digestório.   

A infecção por HPV é altamente contagiosa, podendo ser transmitida por contato sexual, incluindo contato oral-genital, genital-genital ou manual-genital. Embora esta seja a forma mais comum, também é possível se infectar por contato direto com a pele ou mucosa infectada, em ambos os sexos.   

Além disso, é importante dizer que uma pessoa com HPV pode transmitir a infecção a alguém mesmo quando não apresenta quaisquer sinais ou sintomas. 

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Quais os riscos do HPV? 

Ao deixar de se vacinar, o indivíduo permanece desprotegido contra a infecção persistente, que é a principal causa do câncer de colo do útero e de outros tumores associados ao vírus. Há ainda uma maior exposição ao risco de desenvolver verrugas genitais (condilomas), que causam desconforto físico e impacto emocional. 

Estudos indicam que a infecção natural pelo HPV não gera imunidade suficiente para prevenir novas infecções; a vacina induz uma quantidade de anticorpos muito superior.

Além disso, a pessoa não vacinada corre maior risco de adquirir o vírus e transmiti-lo para seus parceiros ou parceiras, perpetuando a cadeia de transmissão.  

Qual exame detecta HPV?

Em homens, a infecção pelo HPV pode ser descoberta através de exames urológicos ou dermatológicos. Caso não haja manifestações clínicas, como verrugas, o diagnóstico é realizado através de exame de PCR (biologia molecular), através do qual é possível averiguar a presença do DNA do vírus.

Se houver manifestações, o médico consegue identificar a infecção por exame clínico e confirmar o diagnóstico pela biópsia das lesões.   

Nas mulheres, o HPV é descoberto principalmente pelo exame de Papanicolau. Caso o exame apresente alterações e seja descoberto na fase de lesões pré-malignas, o médico deverá orientar a paciente a seguir um tratamento específico para evitar que as lesões se transformem num câncer.

Outra forma de diagnóstico é o exame de PCR na amostra proveniente do Papanicolau. Além de ser o método mais sensível, permite a identificação do tipo de vírus, auxiliando na conduta médica. 

É muito importante ressaltar que o exame de Papanicolau deve ser feito de forma rotineira. Consultas periódicas com o seu ginecologista podem salvar vidas. 

Como tratar o HPV? 

Na maioria das vezes, o sistema imunológico consegue combater de maneira eficiente a infecção pelo HPV e eliminar o vírus do organismo por completo.    

A cirurgia pode ser indicada caso as lesões sejam grandes ou apresentem risco de sangramento. As estratégias utilizadas para a remoção são por bisturi, eletrocoagulação, crioterapia ou laser, devendo levar em consideração a localização da lesão. 

Vacina de HPV: qual o preço e onde tomar? 

Com o Nav Dasa, você pode consultar os preços da vacina HPV nonavalente e quais locais estão disponíveis para a aplicação. A plataforma, através de sua tecnologia simplificada, possibilita saber as datas da vacinação, como agendar e quais documentos levar no dia. 

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Leia também: Exames ginecológicos preventivos 

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Autora: Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, Infectopediatria e Médica consultora em vacinas da Dasa