Mastite: problema é comum durante a amamentação
Pacientes com mastite costumam sentir desconforto significativo em uma das mamas. Essa é uma condição inflamatória que frequentemente resulta de dificuldades no processo de amamentação, mas também pode ser causada por outros fatores – como lesões no mamilo associadas a implante, piercing e tabagismo, por exemplo.
O que é mastite?
Mastite é a inflamação do tecido mamário, caracterizada por inchaço, dor e vermelhidão na mama afetada. Isso geralmente ocorre de maneira unilateral e pode ou não estar atrelado a um processo infeccioso.
Embora esse problema seja mais comum em mulheres que estão amamentando, também pode afetar mulheres não lactantes e, em casos mais raros, homens.
O que causa mastite?
Essa condição pode resultar de traumas nos mamilos ou de complicações durante a amamentação. Entre os fatores que podem favorecer o seu aparecimento, estão:
- Acúmulo de leite nas mamas;
- Presença de implantes mamários;
- Piercing no mamilo;
- Eczema ou dermatites na região da mama;
- Depilação do mamilo;
- Tabagismo (pois pode comprometer a integridade dos ductos mamários).
Quando o quadro também é infeccioso, as bactérias mais frequentemente envolvidas são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Escherichia coli.
Mastite puerperal
Muitas vezes, a mastite acomete mulheres que estão amamentando, sendo denominada mastite puerperal ou lactacional. Os principais fatores de risco são as fissuras no mamilo (que costumam ser causadas por pega incorreta do bebê) e o acúmulo do leite. Também chamado de estase láctea, o acúmulo de leite nas mamas pode ser agravado por ductos mamários obstruídos, pelo uso de roupas ou sutiãs ou muito apertados ou pelo hábito de dormir de bruços.
Quais são os sintomas de mastite?
A mastite é caracterizada por inchaço e vermelhidão na mama, havendo também dor local e aumento da temperatura na região. Em algumas situações, é possível que se note uma área mais endurecida ou um nódulo (“caroço”) na mama. Podem surgir ainda sintomas sistêmicos, como febre, calafrios e mal-estar.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da mastite é clínico, baseado na história da paciente, nos sintomas apresentados e no exame físico. Quando necessário, a avaliação pode ser complementada com ultrassom da mama. Por meio desse exame de imagem, é possível identificar abscessos (coleções de pus que podem demandar drenagem) e avaliar a extensão da inflamação.
Tratamento para mastite
O tratamento da mastite depende da gravidade e da presença de infecção. De modo geral, pode-se recomendar:
- Analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor;
- Antibióticos em casos infecciosos, que devem ser utilizados pelo tempo prescrito pelo médico;
- Orientação sobre a amamentação, garantindo uma pega correta e esvaziamento completo das mamas;
- Compressas frias para redução do desconforto;
- Boa hidratação e uso de roupas confortáveis;
- Evitar o uso de cremes e óleos sem orientação médica.
Os abscessos, se presentes, devem ser drenados – o que pode ser feito por aspiração (com auxílio de uma agulha fina) guiada por imagem, ou, em casos mais graves, drenagem cirúrgica mediante internação da paciente.
Laserterapia mamilar no Alta Diagnósticos
A laserterapia mamilar é um tratamento para fissuras mamilares, que muitas vezes ocorrem durante a amamentação e podem contribuir para o surgimento ou agravamento da mastite. Nessa abordagem terapêutica, utiliza-se um laser de baixa potência para estimular a cicatrização das fissuras, reduzir a inflamação e aliviar a dor.
A aplicação do laser é indolor, não invasiva e leva poucos minutos. Ela promove a regeneração celular e aumenta a circulação sanguínea na área afetada, sendo que o número de sessões indicadas varia de acordo com as particularidades de cada caso. Vale ressaltar que a laserterapia mamilar é segura para a mãe e para o bebê, e não interfere na amamentação.
Esse procedimento pode ser realizado em domicílio pelo Alta Diagnósticos, mediante pedido médico. Para obter mais informações sobre valores, disponibilidade e agendamento, entre em contato com a nossa central de atendimento pelo número (11) 3003-5554.
Fonte: Dra. Marcia Felician – Ginecologista e Dra. Paula Moraes – Radiologista