Catapora: sintomas, etapas, tratamento e prevenção
Pequenas manchas avermelhadas que geram coceira representam os sintomas mais clássicos da catapora.
Muitas vezes, os quadros são brandos, mas também é possível que a doença evolua para complicações – principalmente quando acomete pacientes mais vulneráveis.
A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir essa infecção.
O que é catapora?
A catapora (também chamada de varicela) é uma doença viral, causada pelo varicela zóster. Ela é mais prevalente em crianças e bastante conhecida pelas erupções que gera na pele.
Como acontece a transmissão?
A transmissão da catapora se dá pelo contato direto com secreções respiratórias (eliminadas pela pessoa infectada ao tossir e espirrar, por exemplo) ou pelo contato direito com o líquido encontrado dentro das lesões cutâneas.
Também é possível que o vírus se propague por meio de objetos contaminados.
Essa doença é considerada altamente contagiosa e costuma incidir principalmente entre o fim do inverno e o início da primavera.
Quais são os sintomas da catapora?
Os sintomas mais frequentes da catapora são:
- Manchas vermelhas que coçam e, posteriormente, evoluem para bolhas;
- Febre;
- Mal-estar;
- Cansaço;
- Dor de cabeça;
- Perda de apetite.
Fases da catapora
Quadros de catapora tendem a durar, aproximadamente, de duas a quatro semanas.
Ao longo desse período, surgem os primeiros sinais, as erupções cutâneas se manifestam de diversas formas e, por fim, ocorre a cicatrização.
Fase de incubação
O período de incubação do varicela zóster (ou seja, o intervalo entre a exposição ao vírus e o aparecimento dos primeiros sintomas) varia de 14 a 16 dias.
Sintomas iniciais
Antes das erupções cutâneas, os pacientes podem apresentar febre, mal-estar e perda de apetite.
Erupção cutânea
As lesões cutâneas são acompanhadas de coceira e se manifestam de diversas formas. Primeiro, elas aparecem como pequenas manchas na pele. Depois, evoluem para bolhas com líquido. Na próxima fase, estouram e formam machucados com crostas.
A quantidade de erupções muda de paciente para paciente: alguns têm poucas lesões, enquanto outros têm centenas.
Em geral, elas se concentram no tronco e podem acometer mucosas (da boca e da região genital, por exemplo), não sendo muito comuns nas extremidades do corpo.
Também é possível que os indivíduos apresentem lesões em diferentes estágios, pois elas não necessariamente evoluem todas ao mesmo tempo.
Cicatrização
A cicatrização acontece depois que as bolhas estouram e as lesões secam. É importante que os pacientes não mexam nas feridas, pois coçá-las pode aumentar o risco de infecções secundárias e do desenvolvimento de cicatrizes aparentes.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da catapora é essencialmente clínico, feito com base nos sintomas apresentados e, especialmente, nas erupções cutâneas – que são bastante típicas dessa doença.
Se houver dúvidas, pode ser realizado um exame PCR a partir de uma amostra de sangue para confirmar o diagnóstico.
Complicações da catapora
Entre as complicações mais relevantes da catapora, estão as infecções secundárias bacterianas, que podem atingir a pele justamente devido às lesões cutâneas.
Também destaca-se o risco de pneumonia (infecção do pulmão) e encefalite (inflamação do cérebro), que podem ser graves.
Em crianças, a catapora costuma ser mais branda. Porém, existe um risco maior para complicações no caso de bebês com menos de um ano de idade, adultos e indivíduos imunocomprometidos.
Vale mencionar ainda que, em caso de gestantes, a catapora aumenta o risco para má formação do bebê nas primeiras semanas de gravidez.
Além disso, mesmo após a resolução do quadro de catapora, o vírus varicela zóster permanece no organismo de forma latente.
É possível que, no futuro, ele seja reativado e cause outra doença: o herpes zóster (ou cobreiro), que incide principalmente sobre adultos mais velhos e indivíduos imunossuprimidos.
Para evitar o desenvolvimento de herpes zóster e suas complicações, é importante aderir à vacinação. Ela está indicada a adultos acima de 50 anos e pessoas a partir de 18 anos que tenham risco aumentado para essa doença, como as imunossuprimidas.
Tratamento da catapora
Em muitas situações, o tratamento da catapora é apenas sintomático – ou seja, voltado para o controle dos sintomas (como febre, dor de cabeça e coceira).
Em geral, podem ser utilizados analgésicos, antitérmicos e anti-histamínicos. Nos casos específicos de pessoas mais suscetíveis a desenvolver complicações, pode ser administrado um medicamento antiviral.
Os pacientes também são orientados a manter a pele limpa com água e sabão e a fazer compressas de água fria para amenizar a coceira. As lesões não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas pelos indivíduos.
Além disso, indica-se o isolamento social para evitar que a catapora seja transmitida para outras pessoas.
É fundamental que o tratamento seja feito mediante orientação médica, pois não se recomenda o uso de determinados medicamentos, como aqueles à base de ácido acetilsalicílico.
Prevenção
A prevenção da catapora é feita por meio da vacinação.
A vacina varicela (ou vacina catapora) faz parte do calendário vacinal infantil, devendo ser administrada aos 12 meses de vida, conforme diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
São duas doses separadas por um intervalo de três meses – portanto, a segunda é aplicada aos 15 meses.
Esse imunizante também é destinado a crianças mais velhas, adolescentes e adultos que nunca foram vacinados contra a catapora.
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Fonte: Rosana Ritchmann – Infectologista